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Cinco empresas portuguesas, em consórcio com outras tantas cabo-verdianas, assinaram contratos para a construção de 452 habitações de cariz social em Cabo Verde, no âmbito do projeto "Casa para Todos", financiado por Portugal.


A assinatura decorreu na tarde de segunda-feira na Cidade da Praia e envolve as empresas lusas HFN (em parceria com a Engeobra), Armando Cunha (Sogei), Engenharia Casais (Tecnicil Construção), Monte Adriano (MTCV) e Luís Frazão SA (Luís Frazão, Lda).

Os cinco consórcios estão abrangidos pela linha de crédito de 200 milhões de euros disponibilizada por Portugal em 2009, durante a visita a Cabo Verde do primeiro-ministro português, José Sócrates, para a execução do programa "Casa para Todos", que pretende atenuar o défice habitacional de cerca de 82 mil fogos.

O número, porém, disse à Agência Lusa Carlos Moura, presidente do Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH, entidade que gere o programa), está já desatualizado, havendo atualmente, segundo um estudo, um défice de cerca de 40 mil habitações.

As cinco empresas portuguesas, que detêm 51 por cento do capital em cada um dos consórcios, vão construir, na segunda fase do programa, 452 habitações -- 196 na ilha do Fogo, 170 na da Boavista e 86 em S. Nicolau, num montante orçado em 11,2 milhões de euros -- e têm um prazo de conclusão de 17 meses.

Carlos Moura adiantou que, no âmbito da assinatura dos contratos, haverá ainda uma verba a ser paga às empresas que irão fazer a fiscalização das obras, outro consórcio luso/cabo-verdiano.

"As verbas para esta fase já foram desbloqueadas, tendo sido depositado o valor de 20 por cento do total da construção na conta dos consórcios", disse Carlos Moura, afastando rumores de que a crise económica e financeira em Portugal possa pôr em causa o programa.

Com o projeto, segundo Carlos Moura, está prevista a construção de 8500 casas, num horizonte de cinco anos, reduzindo, disse, em cerca de 20 por cento o défice habitacional no arquipélago, que conta também com outros projetos, ligados a empresas chinesas e espanholas.

Carlos Moura adiantou que a conclusão da segunda fase do concurso está prevista para breve, com a assinatura de novos contratos de empreitadas, nos mesmos moldes, e que envolverá um montante de 10 milhões de euros.


Fonte: Sapo.cv